Posts com Tag ‘fps’

Enfim Novembro; chegou aquela época do ano que todos que adoram videogames esperam. É esse mês que, normalmente, há os grandes lançamentos. Esse ano não é diferente, grandes jogos já saíram, Uncharted 3, Batman entre outros e vários ainda estão para sair. Porém de todos esses lançamentos os que mais chamam nossa atenção são Call of Duty Modern Warfare 3 e Battlefield 3. O duelo entre esse dois jogos já era notícia desde o início do ano, finalmente com os dois jogos em circulação quero saber de quem quer que leia meu blog qual o melhor.

Eu ainda não pude jogar nenhum dos dois jogos, sinceramente nem sei quando vou poder, afinal com Dead Island e Dark Souls não vi nenhum motivo para guardar uma pequena fortuna para comprá-los. No entanto pelo que eu já joguei dos outros das duas séries (joguei a maioria deles), e pelas análises que saíram é que Battlefield 3 tem uma campanha muito fraca e pouco original, missões co-op que não acrescentam muito e um ótimo multiplayer que valoriza os combates com veículos e trabalho em equipe. Já o MW3 tem uma campanha um pouco melhor (no entanto também pouco original), várias missões co-op e um ótimo multiplayer.

Mesmo sem jogar nenhum dos dois jogos fica fácil dizer que se você não curte muito multiplayer a melhor escolha é com certeza o novo Call of Duty. As Spec Ops do MW 2 são muito divertidas e a maioria delas você pode jogar sozinho, claro que é muito melhor em dupla, mas nem sempre há como. Agora no Battlefield se você comprar somente pela campanha vai ter um jogo que não vai durar nem quinze horas, isso se você jogar a campanha umas três vezes. Sem o multiplayer BF3 não tem muito o que oferecer. Eu ficaria bem mais interessado no jogo se eles cortassem a campanha de vez e o vendessem bem mais barato.

Se além da campanha você também gosta de Co-op acho que os dois jogos têm o que oferecer. No momento MW 3 parece ser mais vantajoso, além dos vários Spec Ops há ainda um Horde Mode que pode manter uma pessoa entretida por infinitas horas. Já no Battlefield são somente missões cooperativas, tenho certeza que elas podem ser jogadas muitas vezes, mas não possuem uma vida tão longa quanto o Horde mode oferecidos pelo MW3. Os dois jogos vão oferecer vários DLC’s, mas quantos deles vão estar voltados para esses modos de jogo ainda não se sabe.

Finalmente chegamos à parte mais importante para os fãs das duas séries, o multiplayer. BF é mais conhecido por ser um pouco mais lento e mais tático que valorizando muito o trabalho em equipe. Aqui você pode jogar muito bem sem quase nunca disparar um tiro, não é o ideal, mas é possível. Outro diferencial do BF são os veículos e os mapas gigantes, dando assim mais variedade às partidas. Não há recompensar por mortes como as killstreak, porém você não sente falta disso de forma alguma. Totalmente diferente de Battlefield o Modern Warfare possui um multiplayer frenético onde a habilidade individual conta muito. Os mapas são claustrofóbicos e a qualquer momento você pode morrer sem nem ver da onde vieram os tiros. Nesse último jogo da série foi feita algumas mudanças que valorizam mais o trabalho em equipe e dão mais oportunidades para aqueles que preferem exercer uma função de suporte. Isso não torna MW 3 mais parecido com BF, eles só se adequaram a um modo de jogo que antes era ignorado, isso sem mudar o estilo de seu multiplayer.

Eu prefiro o estilo de jogo do Battlefield, principalmente do Bad Comapany 2. Adoro ser sniper e conseguir dar um tiro do outro lado do mapa, mesmo eu não matando tantas pessoas, os pontos ganhos pelas distâncias dos tiros compensam. No entanto acredito que acima de preferências, quando você for escolher qual desses jogos comprar deve ver se algum amigo seu já jogo algum deles. Afinal jogar com amigos é sempre mais legal, e isso pode mudar muito como você vai aproveitar o jogo.

Bem gente, essa foi minha opinião sobre os dois jogos. Eu mesmo ainda não pude jogar nenhum, mas como eles não fogem muito do que eram acho que é um ponto de vista valido. Não deixem de responder as enquetes, e se quiserem comentem sobre o assunto, quero mesmo saber qual é o jogo preferido por aqui.

Valeu!

Ofertas da Play Asia

 

 

 

Dead Island é um dos mais recentes lançamentos com zumbis e com certeza o mais aguardado. Ele foi anunciado pela primeira vez na E3 de 2006, mas depois disso ficou praticamente em silêncio até o início desse ano com o surgimento do trailer, que ficou extremamente popular, da menina que é defenestrada (que você pode assistir logo abaixo). Muita gente reclamou que o jogo não traz a mesma carga emocional desse ótimo trailer, e isso é verdade, porém não impede que Dead Island seja um grande jogo.

Essa é uma review especial, pois é um jogo que eu aguardei muito para jogar, então vou tentar falar de tudo que der vontade e que seja relacionado ao jogo e a zumbis. Infelizmente esse post está meio atrasado devido à greve dos correios, nada que realmente importe. Vamos ao jogo.

Para começar vou comentar o próprio nome do jogo, Dead Island, quem conhece um pouco de filmes de zumbi vai saber com muita facilidade da onde veio a inspiração desse nome (e de vários outros nomes de jogos com zumbis, Dead Nation, Dead Rising, Dead Frontier, Dead Space, etc). George A. Romero começou seus famosos filmes de zumbis com o clássico de 1968, Night of the Living Dead. Mas a tradição de “of the Dead” só começou mesmo com seu segundo filme lançado dez anos após o primeiro, Dawn of the Dead. Dawn é considerado por muitos o melhor filme de Romero, e com certeza um dos melhores (se não o melhor) do gênero. Mas foi no terceiro filme que o “of the Dead” ficou registrado como uma marca dos filmes de zumbis de Romero. Day of the Dead (1985) é para mim o filme mais interessante de Romero, o primeiro que aborda a memória latente dos zumbis em seu universo. Continuando com a série saiu em 2005 Land of The Dead, em 2007 Diary of the Dead e em 2009 Survival of the Dead, seu ultimo filme até o momento. É muito fácil ver como o nome Dead Island é uma referência aos vários “dead” dos filmes de Romero, mas há vários outros filmes que também possuem esse “dead” no nome, e que também devem ter influenciado na escolha do nome do jogo, para citar só alguns, Shaun of the Dead, Return of the Living Dead e Dead Alive.

O Enredo

Para começar um rápido resumo do enredo. A ilha de Banoi (local onde se passa o Dead Island) é tomada por zumbis. Quatro sobreviventes do caos (Logan, Sam B, Purna e Xian Mei) descobrem que são imunes a infecção que transformou quase todos a sua volta em mortos vivos. Agora eles são o único socorro para as outras pessoas presas no caos. Para fugir da ilhas eles seguem as instruções passadas pelo rádio por um misterioso homem.

Dead Island  não é um jogo que a narrativa é o seu ponto principal, o enredo não é mais interessante pelo jeito como é narrado. Isso poderia ser ruim se não fosse divertido ver de onde surgiram as ideias para os vários acontecimentos do jogo. O que realmente prejudica a narrativa é que não importa qual personagem você escolha, todos os eventos são iguais,  da abertura ao fim do jogo não há variação. Os quatro personagens acordam no mesmo quarto de hotel e fazem as mesmas coisas. Isso é um grande desperdício, pois se cada personagem pudesse ver a narrativa de um jeito diferente, ou ter objetivos e quests únicas  a eles, o jogo teria um replay muito maior e se tornaria bem mais interessante.

Zumbis em uma ilha paradisíaca não é tanta novidade, afinal o clássico Zombie (1979) de Lucio Fulci também segue essa premissa. É muito interessante ver como o jogo dialoga com os vários filmes do gênero. Outras referências fáceis de lembrar são: o carro blindado, tirado da refilmagem de Dawn of the Dead de Zack Snyder; o homem que observa tudo pelas câmeras e conversa com os sobreviventes pelo rádio, segundo filme da série Resident Evil e a prisão retirada da HQ The Walking Dead. Outro ponto interessante do enredo aparece no terceiro ato do jogo, sem spoilar muito, há uma tribo nativa da ilha que possui em sua cultura o mito dos zumbis. Isso é muito legal, pois faz uma referência direta a origens dos mortos vivos, afinal foi pelo Haiti e pelo vudu que os zumbis chegaram até a nossa cultura. Então colocar zumbis, numa ilha tropical e com uma religião misteriosa é uma clara referência ao mito dos zumbis em sua origem. Durante o jogo há várias referência, e muitas delas não têm relações com zumbis. Tudo isso faz com que explorar o jogo, ler os arquivos e procurar sidequests seja algo bem mais interessante do que seria se essas referências não existissem.

Os gráficos

Dead Island possui bons gráficos, porém nada de realmente especial. O que mais chama a atenção são os cenários e a quantidade de detalhe dado a eles. Todos os lugares por onde se passa o jogo foram feitos com cuidado e atenção. A Techland conseguiu passar muita credibilidade aos ambientes, deixando tudo muito bonitos e realistas. O segundo ato que é num ambiente urbano é ao mesmo tempo fascinante e assustador. O jogo recria muito bem o clima do filme 28 Days Later, com uma cidade soterrada pelo caos. A tensão aumenta sempre que se ouve gritos e piora muito quando os infectados surgem ao pular um muro e virem correndo em sua direção. A iluminação é boa, mas o que mais interessa nesse quesito são as sombras dinâmicas que tornam o ambiente ainda mais realista. Sem falar nos ocasionais sustos; afinal num apocalipse de zumbis, se uma sombra surge não é uma árvore ao vento, mas sim um zumbi sedento de sangue. Os personagens são bem feitos e com uma animação relativamente boa, mas a sincronização dos lábios com as falas deixa a desejar, mas nada que realmente incomode. As vozes do jogo no geral combinam com seus donos, porém há algumas que são muito estranhas. O jogo não é ruim nessa parte, mas não chega nem perto de ser um Heavy Rain. Depois da ilha de Banoi são os zumbis que arrancam elogios e várias partes do seu corpo se você não tomar cuidado. Cada um deles  pode ter seus membros arrancados do corpo ou tê-los quebrados. Os mortos são bem detalhados, mostrando vários níveis de ferimentos quando levam golpes, quando são queimados ou eletrocutados. Já na parte variedade o jogo sofre do mesmo problema que se tem em Left 4 Dead ou Dead Rising. Não é difícil encontrar zumbis iguais ou muito semelhantes e reagindo da mesma maneira após serem atingidos. Os inimigos especiais são praticamente os mesmos sempre, sem nenhum tipo de variação. Apesar desse detalhe o jogo não é de forma alguma repetitivos, pois você nunca sabe exatamente como aquele determinado morto vivo vai agir até ele notar sua presença. Os efeitos sonoros do jogo também são ótimos e criam um bom clima de tensão. As armas de fogo possuem sons satisfatórios, o que torna dispará-las muito recompensador. Em alguns momentos do jogo há uma trilha sonora, mas você só irá notá-la se sua imersão no jogo for pouca. As únicas coisas ruins com relação aos gráficos são as texturas que demoram um pouco para carregar quando se inicia o jogo e o frame rate que em algumas poucas ocasiões oscila.

Coisas do Jogo

Melee Combat

São poucos jogos que se arriscam em fazer um sistema de combate com armas brancas em primeira pessoa. Talvez menos ainda consigam ter sucesso, felizmente Dead Island é um deles (para quem tem curiosidade os outros dois são os jogos do Riddick e o Condemned). Há dois modos possíveis de se controlar o combate no jogo, o primeiro é o modo Digital. Neste modo cada aperto no botão corresponde a um golpe. Você não tem controle de como o golpe vai ser desferido, há como escolher onde atingir, mas só isso. O segundo modo de combate, o mais interessante, é o analógico. Aqui para desferir um golpe o jogador deve segurar um botão (Normalmente o L1 ou LT no caso do Xbox), e  com o analógico direito deve direcionar o golpe, algo semelhante aos jogos do Riddick. A vantagem de escolher o modo digital é que ele é mais rápido, você pode desferir vários golpes com facilidade, outro ponto interessante é que o jogador consegue ter uma melhor mobilidade e visualização do combate, assim facilitando a mira. Já no modo analógico você não consegue desferir tantos golpes com a mesma velocidade e sua mobilidade também fica reduzida, pois o analógico direito deixa de ser usado para a visão. No entanto com esse tipo de controle você tem liberdade para decidir como cada golpe vai ser desferido, sem falar em alguns comandos únicos a esse estilo. O modo analógico também deixa Dead Island muito mais divertido. Infelizmente quando você está enfrentando vários zumbis que surgem do nada correndo em sua direção, o modo digital é o mais indicado, mesmo não sendo o mais legal. Então tudo depende de como você prefere jogar.

Combate, Chute e Stamina

O combate em Dead Island é um pouco mais estratégico do que simplesmente balançar sua arma até que ela acerte alguma coisa. Cada golpe desferido consome um pouco de sua barra de stamina, dependendo do tipo de arma que você usa esse consumo pode ser maior ou menor. As armas mais pesadas tendem a consumir mais, porém elas costumam ter a vantagem de quebrarem com mais facilidade os membros dos inimigos. Além do consumo de stamina cada golpe que acerta o oponente debilita a arma, podendo chegar a quebrá-la se você não repará-la. Outras ações também consomem stamina, como correr e pular. Por esse motivo ficar batendo no vazio sem ter certeza de que vai acertar algo é muito arriscado. Quando seu personagem está com sem fôlego ele precisa parar um tempo para se recuperar, nesse período qualquer golpe pode levá-lo ao chão. O chute é a única ação física (fora andar e arremessar a arma) que não consome stamina *(atualização: o chute agora consome stamina), seu dano é muito baixo, mas você pode usá-lo para afastar os zumbis e derrubá-los. No início do jogo você pode ficar chutando um zumbi até matá-lo novamente, mas mais para frente isso se torna inviável. Gastando alguns níveis na skill tree de combate seu personagem aprende a habilidade de esmagar seus crânios quando os zumbis estão caídos no chão. Essa habilidade é muito útil, pois mata seu inimigo na hora sem prejudicar sua arma. Quando as armas perdem totalmente sua durabilidade elas se tornam praticamente inutilizáveis, dando menos dano do que socos e chutes, algumas armas mais fracas são inclusive jogadas fora. As armas de corte podem arrancar os braços e pernas dos zumbis, enquanto as de impacto podem quebrá-los, como já foi dito antes. Isso é muito útil, pois limita as ações dos inimigos.

Armas de Fogo

Armas de fogo existem em Dead Island, mas não são o foco do jogo, mesmo a personagem Purna que é a especialista nesse tipo de arsenal não pode contar com elas o jogo inteiro. As armas se dividem em três categorias, Pistolas e Revolveres, Rifles e Escopetas. Como todas as outras armas do jogo, elas podem ser encontradas em diferentes níveis e atributos. E assim como as armas brancas elas também podem ser modificadas e melhoradas para aumentar o dano e acrescentar outras características. O que impede o jogador de usar as armas de fogo o tempo todo é a munição, achar os cartuchos é mais difícil do que se obter as armas para dispará-los. Cada personagem só pode carregar o suficiente de munição para três ou quatro pentes de cada arma, somente a personagem Purna pode carregar um pouco mais, isso se você gastar pontos de skills para isso. Essa quantidade extremamente limitada de munição torna usar as armas de fogo algo extremamente raro. Os tiros ficam quase sempre reservados para aquelas ocasiões em que há pessoas atirando em você, ou zumbis especiais. No ato final do jogo essa situação muda um pouco, mas mesmo assim usar as armas de fogo não é a melhor solução. Há como criar munição para as armas, mas a quantidade que se consegue é tão pouca que até desanima. A personagem Purna consegue criar mais munição com uma skill que faz 75% mais do que normal, mesmo assim não consegue fazer o suficiente para encher seu limite. A grande vantagem de atirar nos zumbis é a distância segura, mas os headshots só são garantia de que o inimigo vai morrer se você estiver enfrentando os vivos. É verdade que os tiros na cabeça dão críticos com mais facilidade, mesmo assim os zumbis podem continuar “vivos”. Outra desvantagem das armas de fogo é o dano, ele é consideravelmente menor do que das armas brancas, isso também ocorre nas modificações, elas nunca são tão boas quanto as das armas brancas. Outro ponto negativo das armas de fogo é que o movimento para mirar com elas parece ser mais pesado do que deveria. Não há a mesma mobilidade e facilidade que se tem em outros FPS’s. Apesar de todas essas características negativas usar armas de fogo em Dead Island é muito divertido, nada no jogo é tão legal quanto explodir a cabeça de um zumbi com uma escopeta, ou arrancar sua perna quando ele vem correndo em nossa direção. No Steam saiu há pouco tempo uma atualização que aumenta a capacidade de munição de Purna, infelizmente não tive como ver o quanto essa modificação influência no gameplay, se o mesmo update vier para o PS3 (o que eu espero que aconteça junto com o DLC) eu comentarei mais sobre o que muda.

Mod’s e Workbenches

Workbenches são mesas de trabalhos, lugares espalhados pelo jogo onde seu personagem pode parar para restaurar suas armas, melhorá-las e fazer itens usando os mod’s. Mod’s são o pedacinho Dead Rising em Dead Island. Eles são Blueprints, com elas você pode aprender a tornar as armas que você encontra em utensílios perfeitos para se matar zumbis. A maioria dessas modificações é ganha como recompensas por se completar quests, porém há outras espalhadas pelos cenários, e até algumas escondidas em misteriosas caveiras. Apesar de o jogo ter vários mod’s a maior diferença acontece nos atributos, há pouca modificação no visual e nos efeitos. Várias armas podem ser modificadas para causar choque, fazendo isso elas ficam com uma aparência diferenciada, há um bônus no dano (quanto melhor o mod, maior o dano), e caso haja um crítico o inimigo pode sofrer o efeito especial da arma, nesse caso tomar um choque, que o paralisa e faz com que ele tome dano elétrico por algum tempo. Quase todas as modificações elétricas e de veneno são muito similares em aparência, mas as outras possuem mais variedades, principalmente as de corte, como os bastões com cacos de vidro e o taco de beisebol com serra. Mesmo com algumas armas não variando muito, o jogo faz um bom trabalho nas que possuem um visual mais único. Outra coisa que se pode fazer com os mod’s são os coquetéis molotov, granadas feitas com desodorante e munição para as armas.

Zumbis? Infectados? Vivos ou mortos?

Essas modificações são uma ótima adição ao jogo, casando muito bem com o clima que ele propõe. O mais interessante desses mod’s é a discussão que abrem, principalmente a modificação que embebeda a arma em veneno. O que torna essas substâncias tão letais para os humanos é pelo simples fato de nós estarmos vivos. Os venenos ou produtos químicos quando entram de alguma forma em nosso corpo alteram o delicado equilíbrio do sistema circulatório, ou inibem a capacidade da célula de respirar. Não sou nenhum especialista em venenos ou em biologia, mas já há como entender a ideia. Então pensar em um zumbi envenenado é algo meio estranho. Um morto vivo, para ser considerado um zumbi em primeiro lugar, deve estar morto, para só então voltar à vida em um estado em que não se pode considerar como morto, nem vivo, ou seja, morto vivo. O que faz o corpo continuar ativo, e levar  a mente para um estado primitivo é algo sem resposta, e que nunca terá, a menos que isso aconteça de verdade, o que é impossível (será?). Mas podemos imaginar baseados nos filmes e livros, duas hipóteses viáveis. Primeira, o agente causador da reanimação causa também essa mudança de comportamento. Segunda, o tempo que decorre da morte até o corpo ser reanimado pode causar lesões no cérebro de modo que leve a consciência do morto para um estado primitivo. De qualquer forma se um zumbi está morto nenhum tipo de veneno deveria surtir efeito, no entanto não é o que ocorre no jogo. Em Dead Island os zumbis são claramente afetados por venenos, eles também tomam dano por afogamento.

Se você já teve a oportunidade de ver Land of the Dead, deve lembrar-se da cena acima, e se você reparou bem os zumbis parecem respirar (pelo youtube não é muito fácil de notar). Um fato da gravação dessa cena, na noite em que ela foi filmada estava realmente muito frio, então é normal que a respiração dos atores se condensasse criando uma fumacinha. Ninguém pensou em apagar digitalmente esse efeito, então o que acabou causando essa cena foi um debate se zumbis respiram ou não, e mais ainda, se eles produzem calor, pois para o ar condensar dessa forma ele deve estar quente. Uma resposta que evita todos esses questionamentos é que esse vapor que aparece nada mais é do que os gases resultantes do lento processo de decomposição dos mortos. Seguindo essa lógica esses zumbis estão realmente mortos. Já em Dead Island não há como negar que algo diferente acontece, então os zumbis do jogo estão de fato mortos? Se eles realmente estiverem mortos por algum motivo o sistema circulatório deles funcionam, mesmo sem utilidade ou de forma parcial. O que também explicaria o dano por afogamento, pois prejudicaria esse funcionamento. Porém uma resposta mais simples seria dizer que o que ocorre é algo similar ao filme 28 Days Later. Nesse filme as pessoas não estão mortas, são pessoas contaminadas por algum tipo de vírus que as deixam com um estado de consciência muito alterado. Se esse for o caso os zumbis que não se alimentassem morreriam de fome como ocorre no filme, mas não há como saber isso, pois o espaço de tempo que se passa no jogo é curto. Acredito que ainda podemos considerar uma terceira hipótese, os zumbis estão realmente num estado morto vivo, com algumas funções de seu corpo em funcionamento (cerebral e motora), mas com o resto em processo de decomposição. O efeito do veneno poderia causar algum tipo de choque anafilático no corpo, algo que não necessitasse dele estar vivo, como uma reação química espontânea. Isso faria com que ele vomite, e assim acelerando o processo de destruição interna do corpo (de onde viria o dano). A água também destruiria os tecidos mortos, porém bem lentamente (por isso o dano tão baixo por afogamento). Tudo não passa de uma conversa sem sentido para quem não está nem aí para zumbis, mas eu acho isso algo muito interessante, e gosto de pensar nesse aspecto da coisa.

Mais um motivo para dizer que zumbis não respiram é essa cena também do clássico de Fulci.

Outro ponto interessante sobre os zumbis de Dead Island é que vários deles usam armas para atacar os jogadores, eles até as arremessam pegando qualquer um de surpresa. Para os que já são familiarizados com os filmes de Romero isso não é nenhuma novidade, afinal dês de o primeiro filme há zumbis matando pessoas com objetos, Day of the Dead e Land of the Dead chegam ao extremo de ter zumbis manuseando armas de fogo. Zumbis armados dão ao gameplay uma maior variedade no combate, pois o jogador acaba se comportando de modo diferente nesse tipo de situação. Ainda não é o ideal, mas já é um começo. Seria interessante ver zumbis arrastando carrinhos de supermercado, violões ou qualquer outra coisa que nós normalmente manuseamos no nosso cotidiano.

Tipos de Zumbis

Depois de Left 4 Dead zumbis especiais é algo relativamente comum, jogos como Dead Nation são só um exemplo. Mesmo assim Dead Island consegue trazer alguns inimigos bem interessantes. O mais legal deles é o Butcher (foto), mas há os suicidas que explodem ao chegar perto de você e os floaters que cospem um tipo de líquido inflamável que causa dano. Mesmo os zumbis normais são diferentes entre si, há aqueles lerdos, clássicos; os rápidos que correm em sua direção; há zumbis fortes que aguentam muito castigo. Além disso, os zumbis podem vir acompanhados de elementos que deixam a luta mais complicada, alguns podem vir atacá-lo pegando fogo ou envoltos em miasma. Tudo isso diminui a impressão que todos os inimigos são iguais, algo que acontece bastante em jogos onde há muitos inimigos, comum no gênero zumbi.

Skill Tree

Fury

Fury é a primeira das três linhas de skills, ela nada mais é que uma habilidade ativada e única a cada personagem. Essa habilidade só é liberada se é gasto pelo menos um ponto de skill nela. Depois de liberada a Fury, cada inimigo que você mata enche um pouco uma barra que fica ao lado da vida de seu personagem. Quando esse medidor estiver cheio você pode ativar a Fury segurando um botão (Círculo ou B), isso faz com que o personagem entre em um modo alucinado e saia dando golpes em tudo que estiver pela frente. A vantagem de se usar a Fury é que além do dano ser mais alto que o normal, você recupera um pouco de vida em cada hit. Há também um multiplicador, quanto mais zumbis você consegue matar com essa habilidade, mais experiência vai ganhar no final. Investido ainda mais nessa skill tree você pode melhorar aspectos como o dano, tempo e até diminuir a quantidade necessária para ativá-la. A Fury da personagem Purna é interessante, pois ela saca um revolver mesmo que você não tenha nenhuma arma de fogo, a grande vantagem é poder atingir os inimigos a uma distância segura. Logan também possui uma Fury semelhante, mas ao invés da arma de fogo ele arremessa facas. Sam B e Xian Mei usam a Fury como melee, a desvantagem é ter que se aproximar dos oponentes para atingi-los, o que consome um tempo da habilidade. Durante a Fury você não gasta estamina, mas ainda pode ser derrubado por alguns golpes. O que mais me incomoda nessa skill é que ela ativa um aim assit, o que várias vezes mais atrapalha do que ajuda.

Combat

As habilidades dessa skill tree estão diretamente ligadas ao combate do jogo. Cada um dos quatro personagens possui uma especialidade, que, se investida, pode alterar o gameplay em relação aos outros personagens. Sam B é especializado nas armas de impacto, Xian Mei nas armas de corte, Logan em arremessar armas e Purna nas armas de fogo. Fora essas skills os personagens também possuem habilidades voltadas a outros tipos de armas, porém nenhuma acaba sendo tão boa quanto às de suas especialidades.

Survivor

A última skill tree está relacionada a habilidades mais voltadas a outras características do jogo que não estão diretamente ligadas ao combate. Achar itens melhores com mais facilidade, abrir fechaduras, pagar menos para reparar armas, esses são só alguns exemplos das habilidades presentes nessa skill tree. Muitas dessas habilidades também auxiliam no combate, mas não de forma direta, por exemplo, aumentando sua stamina. Várias skill se repetem em todos os personagens, mas aqui também há algumas específicas de cada um deles. Sam B, por exemplo, possui uma skill que faz sua vida regenerar lentamente, enquanto Purna pode aumentar o dano de todos a sua volta.

Itens de Cura

Na maioria dos FPS’s de hoje a vida regenera sozinha, então se você ficar alguns segundos sem tomar dano vai estar pronto para o combate mais uma vez. Já em Dead Island isso não ocorre, para se recuperar você deve usar itens de cura. Há dois tipos de itens de cura, os medkits e os alimentos, como refrigerantes e frutas. A vantagem dos medkits é que você pode levar junto consigo, pode usá-los para curar outros jogadores e até revivê-los. A principal desvantagem é que eles ocupam um espaço precioso, pois é limitada a quantidade de armas e itens que você pode levar (itens usados para os mod’s, em sua maioria, não ocupam o mesmo espaço das armas e medkits). Frutas, chocolates e refrigerantes são itens de cura que você encontra espalhados pelos cenários. Eles não curam tanto quanto os medkits, mas são relativamente abundantes, porém você não pode carregá-los.

Quests

Dead Island é um jogo baseado em quests, há as relativas a narrativa, que são as principais, e as sidequests, que são as secundárias, você não é obrigado a fazê-las, mas é bom. As quests são o que move o jogo, mas há um problema com elas, a grande maioria delas é dada por NPC’s em lugares livres de zumbis. Todas as principais são apresentadas ao jogador dessa maneira. Isso acaba se tornando extremamente repetitivo e até sem graça. Agora há uma pequena parcela de quests que surgem para o jogador de forma mais interessante. Normalmente esse tipo de quest se resume a ajudar pessoas em risco. O mais interessante é que esse tipo de quest aparece em momentos que você não está esperando, e é preciso mudar radicalmente o que se está fazendo para socorrer quem precisa. Um pouco mais de espontaneidade é o que as quests de Dead Island precisam. Já os objetivos das quests são até bem variados, mas nada que fuja do “padrão” para esse tipo de jogo. Você vai a lugares procurar itens, matar inimigos e escoltar pessoas, algumas são mais divertidas do que outras, mas o modelo não se altera muito.

Campanha Co-op

Você pode jogar toda a campanha com até quatro jogadores, mas é possível ir perfeitamente do início ao fim sozinho. O jogo faz um bom trabalho em apresentar outras pessoas com um progresso na narrativa similar ao seu. Basta apertar um botão para entrar no jogo apresentado. Se você deseja escolher com quem jogar, há um lobby onde você pode mandar convites e verificar os jogos disponíveis. Quantos mais jogadores na secção, mais fortes vão ser os zumbis do jogo, com os quatro jogadores juntos eles ficam com o dobro de vida, o que torna a partida muito mais interessante.

Bugs

Há alguns bugs em Dead Island, mas agora são tão poucos que não chegam a estragar a diversão. Às vezes o jogo pode não carregar algo que precise para continuar uma quest ou um NPC pode ficar travado em algum lugar. Em quarenta horas de jogo só um desses erros ocorreu, e foi só sair do jogo e voltar que tudo voltou ao normal, uma incomodação, mas nada que estrague a diversão. Agora há um bug que pode frustrar muito os jogadores. Há um NPC no jogo que pode guardar seus itens, afinal seu espaço é limitado e guardar os itens em outro lugar acaba se tornando extremamente necessário. Infelizmente se você pega desse NPC mais itens do que pode carregar, esse itens sobressalentes somem. Demorou um tempo até eu perceber o que estava ocorrendo, por sorte não perdi nada de mais, mas tenho certeza que outras pessoas devem ter ficado furiosas com esse erro do jogo. É bem provável que isso seja corrigido na próxima atualização, que deve ocorrer com o lançamento do DLC.

Atualização

Dia 9/11 (e 10/11 para o Xbox 360) sai para os consoles um patch consertando a maioria, se não todos os bugs do jogo. Eu mesmo não vi nenhum dos vários bugs listados em todas as minhas horas de jogo. Além de melhorar a performance do jogo esse patch também trás algumas novidades, como aumentar a capacidade da Purna de carregar munição (finalmente) e aumentar o level máximo para sessenta. Abaixo a lista completa de tudo que foi mudado com relação ao gamepley.

  • Level cap raised to 60
  • New blueprints for weapon mods added
  • Infected damage reduced
  • Infected no longer interrupt player attacks
  • A series of improvements to subsequent playthroughs implemented:
  • quest XP rewards  adjusted
  • XP rewards for challenges adjusted
  • in subsequent playthroughs XP is awarded for all quests completed in co-op
  • Purna’s ammo carrying capacity increased by 50%
  • Character state from a save game can now be loaded when using the Start from Chapter option
  • New balancing option added: enemy levels can now be adjusted independently for each co-op player
  • Players respawn with more health
  • Picklock skill level required to open a lock is now clearly indicated
  • Improved rewards in weapon crates
  • All weapon crates now contain rewards
  • Kick ability balanced, now requires stamina
  • Items can now be picked up instantly; this is reflected in adjusted animations
Fonte: deadisland.com

Dead Island é um ótimo jogo, mas ele com certeza não é para todo mundo. Se você procura um jogo com uma narrativa forte e engajante, você não vai achar isso aqui. Mas se você procura horas e mais horas de matança de zumbis, e ainda com mais três amigos, DI é o que há de melhor (junto com L4D é claro). Eu como fã de zumbis não posso deixar de recomendar o jogo, é realmente muito bom. A única coisa que me incomoda mesmo no jogo é não poder tirar o aim assist. Espero que tenham gostado desse post meio diferente, por hoje é isso.

Valeu! Não deixem de responder a enquete.

Ofertas da Play Asia

 Killzone 3 é a continuação de um dos melhores FPS do Ps3. Uma continuação direta, começando logo após a queda do Visari. Há algumas diferenças entre o terceiro e o segundo, como a inclusão do Move, o controle um pouco mais veloz e a campanha co-op, mas no geral os dois jogos são parecidos e muito bons. A qualidade gráfica, que foi um dos destaques do segundo jogo continua em alta no terceiro, mas sem o mesmo impacto de seu antecessor.

O Enredo

 O Visari dos Hellgans é morto por Rico, um claro ato de insubordinação, afinal ele devia ser capturado vivo, para assim facilitar o fim da guerra. Sem ter como barganhar a rendição dos Hellgans e em menor numero, só resta para as forças da ISA sair do planeta. Na primeira metade do jogo esse é o principal objetivo, chegar até o ponto de evacuação. O enredo não é o ponto mais forte de Killzone 3, a campanha é um apanhado de clichês de filmes de ação. Isso não é totalmente ruim, pois você sabe o que esperar e não há nenhuma decepção. No geral a campanha cumpre bem o seu papel, há explosões, veículos e bastantes oportunidades para variar o gameplay e os cenários. A minha única reclamação é a duração da campanha, coisa que já está virando rotina nos FPS modernos. A campanha pode ser concluída por volta de quatro a seis horas, o que é muito pouco para um jogo com um gameplay tão bom. Finalizando, se o próximo Killzone (acredito que haverá um próximo) continuar se afastando de suas raízes e tentando ser um Call of Duty Scifi a série só vai perder com isso. Não que CoD seja ruim, mas Killzone é um jogo diferente, com pontos fortes diferentes.

Os Gráficos

 Os gráficos do terceiro são tão bons quanto os do segundo, não há do que reclamar. Infelizmente eu não tive como ver o 3D, mas acredito que seja bom, afinal o jogo foi feito pensando no 3D. As principais diferenças entre os dois KZ para o PS3 estão na palheta de cores, o terceiro jogo é muito mais colorido que o segundo. Não há somente as cidades em ruínas e os complexos militares, você vai passar por florestas bizarras que daria um ótimo lugar para uma rave, áreas nevadas e, como no primeiro jogo, uma estação espacial. Os Hellgans estão muito legais, bem variados e muito mais interessantes que nos jogos anteriores. É muito divertido você atirar na cabeça e ver o inimigo sendo decapitado, ou arremessar o capacete para longe. As animações das mortes estão ótimas, não me lembro de em todo o jogo ter visto uma se repetindo. Já no multiplayer isso não é tão perfeito. Graficamente Killzone é um dos melhores FPS que você vai encontrar no Ps3.

Coisas do Jogo

Combate e Armas

Não houve grandes mudanças do gameplay do segundo pra o terceiro, e as poucas que ocorreram não foram boas. O jogo segue o que é padrão para os FPS atualmente, a principal diferença é que você pode levar duas armas além de sua pistola. No geral é uma arma média e uma pesada, como um rifle e uma minigun, por exemplo. Outra diferença é o cover system, que funciona muito bem. O cover se mantêm muito semelhante ao segundo jogo e a jogos como Assault on Dark Athena. Você aperta um botão para se proteger, e pasta pressionar para cima ou o botão de mira para entrar em posição de tiro Há também como deslizar durante a corrida, um ótimo jeito de se chegar numa proteção rapidamente.

 Outra mudança, que infelizmente não foi para o melhor foi a retirada do ajuste fino das snipers usando-se o sixaxis. Isso não atrapalha de forma alguma o jogo, mas é uma perda não ter mais essa opção, algo que foi muito bom de usar no Killzone 2.

O arsenal do jogo continua praticamente o mesmo, com algumas adições como a Shotgun Pistol (uma calibre .12 de cano curto com três tiros), o lançador de mísseis WASP e o Arc Cannon, um tipo de canhão de energia que explode os inimigos em mil pedaços. No entanto eu ainda prefiro usar o rifle de assalto da ISA, ele possui uma boa mira, boa cadencia de tiro e um bom dano, sempre que estou com ele evito trocar de arma, e isso é uma coisa que o Killzone 3 torna possível, pois você não depende dos inimigos mortos para conseguir munição, durante as missões há várias caixas com munição, assim você pode manter a arma de sua escolha durante toda a fase sem se preocupar em poupar munição para uma determinada hora.

Brutal Meele

 O Brutal Meele nada mais é que um jeito mais violento de se matar os Hellgans no corpo a corpo. Na maioria dos jogos os meeles são só uma facada e o inimigo cai morto, com o brutal meele isso é diferente, há sempre uma animação nos golpes, e dependendo de como você ataca o inimigo ela é diferente. Outro detalhe é que nem sempre você consegue matar o oponente de primeira, algumas vezes o primeiro golpe só derruba, fazendo-se necessário o segundo ataque para matar. O que torna o brutal meele interessante é que o movimento é muito fluido, deixando o meele mais realista conforme a situação, sem falar que é muito divertido. No multiplayer o Brutal Meele pode ser usado como na campanha, só que aqui ele não precisa do segundo golpe para matar. A desvantagem é que durante a animação da morte você pode ser atacado e morto, caso isso ocorra o jogador que você estava atacando se salva.

Veículos e Jetpack

Veículos

Há várias partes do jogo em que você vai pilotar veículos ou ficar no comando de suas armas. Essas partes são bem variadas e não muito compridas, no entanto bem intensas. Essas sessões de veículos são bem similares as que você encontra jogando qualquer Call of Duty, muitas explosões, perseguições e tiros para todos os lados. Tudo segue um script e você tem pouca ou nenhuma liberdade de locomoção. Mesmo quando você controla o EXO, que nada mais é que um robô, a liberdade de movimentação é pouca, há um caminho a se seguir e poucas maneiras de cumprir os objetivos. Isso não é de forma alguma algo ruim, mas eu gostaria de ver no Killzone algumas partes mais abertas como há nos jogo do Battlefield Bad Company, onde você pode variar a forma como vai encarar determinado objetivo. No geral todas as partes do jogo em que você está pilotando alguma coisa são muito divertidas, fiquei surpreso foi com a quantidade, são várias vezes que esse tipo de situação ocorre.

Jetpack

Os jetpacks em Killzone 3 não são como em Dark void, você não pode sair voando por aí fazendo o que quiser, eles só te impulsionam vários metros para cima, como um super pulo com uma queda atenuada. Apesar de não ter como ficar no ar direto matando todos os inimigos o jetpack do KZ continua sendo muito divertido. Infelizmente há poucas oportunidades de usá-lo durante a campanha, você é obrigado a tê-lo equipado em um seguimento, e há opção de usar o jetpack em outra parte mais a frente, mas nada além disso. Já no multiplayer ele é mais explorado, tornando algumas partidas realmente interessantes. Mas também não é em todas as fases que há esse equipamento. Eu só não consigo imaginar se é fácil usar o jetpack com o Move.

Campanha Co-Op

Quando fiquei sabendo que havia co-op no KZ 3 eu fiquei bem contente. Adoro jogos cooperativos, Army of Two é um de meus prediletos logo atrás de RE5. Mas saber que esse modo de jogo se restringia a off line foi uma grande decepção. De qualquer modo se você tem como jogar com um amigo em casa. A campanha co-op é bem divertida, mas se você é como eu e raramente alguém aparece para jogar, então essa é uma função desperdiçada no jogo. Pelo menos há essa opção, afinal eu não tenho, mas quem sabe você não tem aquele irmão pequeno que vive pedindo para jogar, esse é um bom jeito de fazer ele pare de te incomodar sem estragar sua diversão.

Multiplayer

 Assim como a campanha o multiplayer ficou mais acelerado, você mata e morre muito mais rápido que no segundo jogo. As classes se mantêm as mesmas, mas agora com mais habilidades. O Engineer pode construir turrents (até quatro por time) e reparar caixas de munição, o Marksman é o equivalente ao sniper com habilidades de ficar camuflado como o predador e desabilitar o radar dos inimigos próximos a ele. O Tactician pode capturar pontos de Respawn para seu time, assim como chamar uma sentinela para ajudar a matar os adversários. O Infiltrator pode se disfarçar e assim não chamar a atenção de seus oponentes e o Field Medic pode ressuscitar outros jogadores e curar os que estão próximos.

 Há somente três modos de jogo disponíveis, o primeiro e mais básico é o Guerrilla Warfare, nada mais que Team Deathmatch. Esse modo de jogo é marcado pelos mapas claustrofóbicos e combates e intensos. O segundo modo de é o Warzone, o mesmo introduzido no segundo Killzone, nesse modo de jogo há vários objetivos que vão se alternando conforme a batalha progride. Isso faz com que a dinâmica mude completamente obrigando os jogadores a repensar suas estratégias. O último modo de jogo é o Operation, esse modo de jogo pode ser resumido em defesa/captura de objetivos. Nesse modo há sempre animações contando o que está ocorrendo na partida, o que é algo interessante, mas sem nenhuma influência no jogo. Em minha opinião o Operation é o melhor modo de jogo, pois é preciso muito trabalho em equipe para conseguir cumprir os objetivos com sucesso.

Infelizmente nem tudo no multiplayer do Killzone 3 é melhor comparados com o do KZ2. O segundo jogo da série era mais lento, mas não menos intenso, já o terceiro jogo segue um ritmo similar aos novos Call of Duty. Essa mudança não fez muito bem ao jogo, pois ele possuía um estilo que o diferenciava, mas agora isso não existe mais. E sem nenhum tipo de Killstreak parece que fica faltando algo no jogo, sensação que não existe no multiplayer do KZ2. Outra perda foi no numero de jogadores por partida, no segundo KZ há partidas com até 32 jogadores, enquanto no terceiro jogo esse numero só chega a 24, isso não seria problema se os mapas não tivessem ficado maiores, mesmo os menores do Guerrilla Warfare são maiores comparados com o segundo jogo. Apesar do multiplayer não ter as killstreak há as Ribbons, que nada mais são que recompensas pelo modo como você está jogando a partida. Essas ribbons podem das ao jogador vantagens como mais dano, recarregar mais rápido ou ganhar mais experiência. Não lembro exatamente, mas acredito que só uma fica ativa de cada vez, mas quanto mais você ganha, mais experiência você obtêm no fim da partida. As ribbons não são transferidas de uma partida para a outra.

Killzone 3 é um jogo muito bom, mas não tão bom quanto deveria ser. A campanha é intensa, frenética e divertida, porém muito curta. O multiplayer é de ótima qualidade, mas perdeu muitas das conquistas do segundo jogo. Há co-op, mas somente off-line. Tudo no jogo é muito bem feito, mas esses detalhes impedem que Killzone 3 seja um verdadeiro clássico. O jogo suporta o Move, algo que quero tentar um dia quando finalmente conseguir comprá-lo. Não tem como não recomendar Killzone 3, mas se você não é fã de multiplayer já fique avisado que o jogo não vai durar mais que um mês.

Bem gente espero que tenham gostado do post, eu adorei jogar KZ 3, pena que agora as aulas começaram e eu não posso ficar horas jogando.

Valeu!

PlayAsia

Já faz uns trinta anos que videogames existem acessíveis as massas, muita coisa mudou desde o Pac Man, hoje o mercado dos jogos gera mais dinheiro que o do cinema. Call of Duty Black Ops foi o artigo de mídia que gerou mais lucro nas suas primeiras 24 horas da história, arrecadando um total de 360 milhões de dólares (fonte Estadão online), e do jeito que as coisas estão indo o Modern Warfare 3 deve bater esse recorde. Financeiramente os jogos ocupam um lugar ao lado dos filmes e músicas, mas na cabeça de muitos isso é algo longe de acontecer.

Quem nunca ouviu a expressão “videogame é coisa de criança”? Acredito que todo mundo pelo menos uma vez já ouviu alguém falando algo do gênero. Esse tipo de afirmação só pode ser feita por pessoas que estão completamente alheias ao que são os jogos eletrônicos em nossa contemporaneidade. Mesmo na época do Mario e do Sonic já haviam jogos feitos para um público mais adulto onde temas violentos eram comuns. O tempo passou e os gráficos foram ficando cada vez mais realistas ao ponto de termos jogos como Heavy Rain e L.A. Noire. Qualquer pessoa que conheça esses dois títulos sabe que eles não foram feito para crianças, por esse exato motivo, como os filmes os jogos possuem uma classificação que apontam a faixa etária mais adequada. Nessa classificação há todas as informações sobre que tipo de conteúdos que estão presentes nos jogos, como violência, linguagem pesada, nudez, etc. Todas as informações para os pais julgarem se aquele jogo é adequado aos seus filhos.

Mesmo com essas ferramentas há pessoas que acusam os jogos, principalmente os violentos de instigarem a violência, algo completamente sem sentido e sem comprovação. Um exemplo do que pode acontecer, e com certeza já aconteceu em algum lugar do mundo, um homem com seus vinte poucos anos assassina uma pessoa, a policia encontra na casa dele uma cópia do jogo Doon (é sempre Doon ou Counter Strike), então é obvio que o motivo dele ter matado foi o jogo. A Polícia obviamente não pensa assim, mas quantos jornalistas já não fizeram isso? Quantas pessoas jogam e não matam ninguém? E quantas matam e nunca jogaram algo na vida? Essa associação entre jogos e violência é tão valida quanto assassinatos e pães de trigo. “O meliante alegou que não tomou seu café da manhã direito, esse foi o motivo para os crimes…” (Um dia de fúria, alguém?). Simplesmente não há lógica nisso.

Jogos de tiro ajudam a tomar decisões rapidamente

Jogos violentos fazem bem

Esse ano o governo da Califórnia tentou por uma lei que restringia a venda de jogos violentos para menores de dezoito anos, assim como as bebidas, sob pena de multa e até prisão. Não sei dizer ao certo o que ocorreu, mas a decisão da validade da lei foi parar na justiça, que a julgou inconstitucional. O que foi dito é que não há nenhum tipo de comprovação que os jogos possam fazer qualquer mal. A justiça americana colocou os jogos no mesmo patamar dos filmes e dos livros, uma grande vitória. Se esse tipo de lei fosse aprovada talvez com medo der perder dinheiro os jogos como nós conhecemos hoje (violentos, explícitos e sem censuras) não existiriam mais.

Supreme Court Strikes Down California’sVideo-GameLaw

Para nós brasileiros o cenário é um pouco diferente. Os jogos aqui são vistos em sua maioria como algo marginal, besta, para crianças; resumindo, uma total perda de tempo. A culpa disso talvez se deva aos impostos, ao preconceito e as campanhas realizadas por apresentadores de televisão, que volta e meia viram suas atenções a temas que eles não possuem o menor conhecimento, assim empurrando suas opiniões preconceituosas para as pessoas que não tem condições de julgarem por si mesmas o que é certo ou errado.

Por que os impostos são culpados? Bem, o mercado brasileiro de jogos é quase todo ilegal, a grande maioria das pessoas (principalmente quem não dispensa o PS2 e o Xbox) compram jogos ou os baixam ilegalmente. E eu não culpo essas pessoas, afinal a diferença de preços da loja para o pirata é absurda. A situação é tão cômica que importar jogos, mesmo caindo na receita com um imposto de 60% do que você já paga lá fora ainda sai mais barato do que ir ao shopping e comprar o jogo com os impostos nacionais. Ou seja:

Gran Turismo 5 – PS3

Shopto – £29.86 que dá em reais R$ 76,60 + 5,50£ (14,11) de frete

Total de R$ 90,71 + 60% de impostos R$ 54,42 = 145,13

Mesmo jogo sendo vendido no Brasil (lojas online)

Datishop – R$ 179,90 + frete

Saraiva, Americanas, Submarino e Walmart

R$ 199,00 + frete

Assim é fácil ver o motivo que qualquer pessoa tem de recorrer ao mercado ilegal, um jogo de Xbox 360 pirata custa por volta de 20 reais. Isso faz com que os jogos sejam algo mal visto, pois fisicamente nunca são de boa qualidade, são feios e não possuem nenhum tipo de controle.

O preconceito ao qual os videogames estão relacionados também é outro grande culpado dessa imagem negativa dos jogos eletrônicos, tanto a associação com a violência quanto a crença que são feitos para crianças. Começamos pela violência.

Quem não se lembra da tragédia que foi o massacre das crianças naquela escola carioca (Escola Estadual Tasso da Silveira)? O assassino Wellington Menezes era, segundo o site R7, “Viciado em jogos de tiro, fissurado em ataques terroristas e vítima de bullying”, e continuando, “(…)Wellington vivia pelos cantos, era alvo de deboche dos meninos e excluído pelas meninas. De acordo com Márcio, ele era o único a se aproximar de Wellington, que o convidava a visitar sua casa e mostrar os mais recentes e violentos jogos.”. Esse Wellington com certeza tinha algum problema, e não foram os jogos que causaram isso, muito menos o motivo para o atentado. Jogos de tiros são os mais populares hoje, e não há um adolescente que não conheça Call of Duty (uso CoD como exemplo por ser mais popular, mas poderia usar God of War se quisesse). Felizmente dessa vez a atenção da mídia foi focada para o bullying um problema real que deve ser combatido, mas a vontade de puxar o tapete dos jogos nunca desaparece. Qual o problema dos meios de comunicação com os jogos?

Mais recentemente houve um atentado na Noruega, o autor, um homem aparentemente normal Anders Behring Breivik. Em um manifesto escrito por ele há certos trechos onde o assassino comenta sobre os jogos eletrônicos. Anders chega ao absurdo de afirmar que Modern Warfare 2 é um ótimo simulador de guerra, e que ele usou o jogo em seu treino para os ataques. Qualquer pessoa normal enxerga nisso uma declaração de uma pessoa perturbada, não há como usar um jogo que não simulada nada como preparação militar. (Se ele tivesse comentado do Arma II quem sabe eu não me preocupasse um pouco… Não.) Esse homem usaria qualquer coisa como estopim desse ataque, pois o problema estava nele, se não fosse os jogos, seriam filmes. Ele poderia ter falado do Falcão Negro em Perigo ou qualquer outro título de guerra, o resultado seria o mesmo.

Nós vivemos num país de analfabetos, a educação brasileira não está nem em segundo plano nos olhos de nosso governo (quem acompanhou a greve dos professores estaduais em Santa Catarina sabe muito bem disso). Sendo assim as pessoas que são culturalmente menos favorecidas podem ser facilmente influenciadas por esse tipo de matéria com um enfoque mais sensacionalista.

Há alguns anos no Brasil o Yu-Gi-Oh! virou moda, não lembro exatamente qual apresentador de tevê que começou uma série de “reportagens” mostrando as cartinhas do demônio. Tenho certeza que várias crianças perderam seus decks por causa desta bobagem. A imprensa quase sempre trata os jogos dessa forma sensacionalista, e faz muito pouco tempo que esse tipo de atitude vem mudando, e esta mudando pelo simples fato que a industria dos jogos eletrônicos gerar muito dinheiro. Outro fator que também está levando a um pensamento diferente sobre os jogos  o fato que a maioria das pessoas que possuem acesso a internet são jogadores de alguma coisa nas redes sociais. E apesar da hipocrisia existir (“Jogos são coisas de crianças, mas eu nuca deixo de abrir minha colheita no orkut”), esse tipo de socialização dos jogos digitais está contribuindo para que as pessoas deixem os antigos preconceitos de lado.

Jogar videogame em família pode ser benéfico para pais e filhos

Voltando ao título de meu post (Por que culpam tanto os Videogames?), não consigo entender o que uma pessoa ou a mídia ganha com esse tipo de preconceito, pois fazendo isso tudo que conseguem é atiçar a raiva dos jogadores que fazem parte do circulo difamado. Tudo que eu gostaria é que esse tipo de associação acabasse de vez.

Vai ter um dia num futuro próximo em que os videogames vão se elevar ao patamar de arte, assim como ocorreu com os filmes e mais recentemente com os quadrinhos, mas até lá, e mesmo lá, quem se considera um “gamer” vai se indignar com esse tipo de acontecimento.

Referências

http://blogs.estadao.com.br/link/black-ops-bate-recorde/

http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/fissurado-em-terrorismo-autor-de-massacre-em-escola-era-conhecido-como-al-qaeda-20110407.html

http://www.finalboss.com/fb5/ctu.asp?t=2&cid=71045

http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110803200955&assunto=231&onde=Mundo

http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,648,3367913,Jogar-videogame-em-familia-pode-ser-benefico-para-pais-e-filhos.html

Interstellar Marines

Publicado: 9 de fevereiro de 2011 em Cultura Nerd, Jogos
Tags:, , ,

Interstellar Marines é um jogo que ainda não foi lançado, mas espero que seja. Ele está sendo produzido pela Zero Point Software. O diferente aqui é que a Zero Point não possui apoio financeiro dos grandes distribuidores, fazendo dela uma desenvolvedora indie, mas ao invéz de fazer jogos um pouco mais simples (isso não quer dizer de má qualidade, só ver Limbo), eles resolveram criar um FPS com a qualidade dos grandes lançamentos.

Para desenvolver um jogo como CoD, por exemplo, se gasta muito dinheiro, então para um estúdio independente tentar algo assim é complicado, por esse motivo o suporte dos futuros jogadores é necessário.

Eu sou um grande fã de shooters, principalmente dos FPS, e sempre gosto de jogar coisas que não são tão populares para ter outra visão do que pode ser feito com esse gênero. Por esse motivo estou muito curioso com o Interstellar Marines, pois não sei que novas ideias eles vão trazer a mesa. Você pode jogar alguns demos gratuitamente pelo site deles, mas esses demos não são nada de novo, apesar de serem muito bons para algo que você joga pelo navegador.

O que me atraio para esse projeto foi os conceitos e todo o enredo.

Bem gente o post de hoje era só para divulgar mesmo o jogo, espero que a Zero Point consiga realizar esse projeto. O site deles http://www.interstellarmarines.com/

Valeu!

 

Não é nenhuma novidade que o gênero mais popular hoje é o FPS, e não só no PC como acontecia antigamente. Sendo assim é de se esperar que a competição entre os jogos seja acirrada. CoD Black Ops e Battlefield Bad Company 2 são os dois principais shooters lançados em 2010, mas qual deles é o melhor? Eu não me esqueci do Medal of Honror, e apesar de ter jogado, e até gostado, não acho que ele seja tão competitivo quanto esses dois.

Bad Company 2

Eu joguei por muito tempo o primeiro Bad Company, tanto a campanha quanto o multiplayer e minhas expectativas para o segundo eram muito altas. Infelizmente a campanha do BC 2 é extremamente curta e não muito boa, há alguns momentos realmente divertidos, mas não chega nem perto de ser chamada de ótima. Toda a liberdade que se tinha no primeiro jogo de como você queria encarar determinada situação é substituída por uma versão mais fraca do que se tem nos CoD. A destruição do cenário foi melhorada, e isso é ótimo, mas não chega a salvar o singleplayer. Eu já estava quase agradecendo por não ter comprado o jogo (peguei emprestado) quando entrei a primeira vez no multiplayer, foi aí que comecei a me divertir de verdade.

Eu não sou muito fã de multiplayer competitivo (prefiro Co-op), e acho errado o que anda acontecendo principalmente com os jogos de tiro. Cada vez mais as campanhas solos são prejudicadas em favor do multiplayer. Os jogos ficam mais curtos servindo somente de uma introdução ao que te espera online. Isso não precisa ser assim, o segundo Uncharted é um ótimo exemplo (ótima campanha e ótimo multiplayer). O mais chato disso tudo é que a maior parte dos multiplayers exigem muita dedicação, você precisa jogar por várias horas para liberar as coisas, passar de level ou pegar as conquistas. Há vários jogos com modos competitivos, e você acaba jogando só alguns. Apesar de ter gostado muito do modo online do Bad Company, acho completamente errado o tratamento dado ao singleplayer. Minha impressão é que ela foi feita somente pelo fato que a EA não queriam vender uma experiência exclusivamente online para os consoles. Então se você quer jogar o Bad Company 2 pela campanha eu aconselho a poupar seu dinheiro, há jogos melhores, agora se seu interesse está no multiplayer esse é um jogo que não se pode deixar passar.

Multiplayer

Infelizmente eu não tive acesso a nenhum dos mapas VIP ou dos outros DLC que estão na PSN, por esse motivo não vou poder falar de tudo que você teria acesso com o jogo “completo”, mesmo assim o básico é muito bom. O multiplayer em BC 2 é focado no trabalho em equipe e estratégia, o jogo se dá num ritmo mais lento, conhecer os mapas e os benefícios de cada classe pode fazer a diferença entre a vitória a derrota, ajudar seu esquadrão pode render tanta experiência quanto as que se ganha com as mortes.

Os mapas são enormes (dependendo do modo de jogo), e as partidas podem mudar drasticamente no decorrer da mesma. A destruição do cenário também pode transformar uma partida, um ponto de sniper pode ir rapidamente ao chão com um tiro de tanque, assim como algumas construções maiores. Os veículos sempre estiveram presentes nos jogos da série Battlefield e em BC 2 isso não é diferente, há vários tipos de transporte de jipes a helicópteros. Um tanque bem posicionado pode causar muito estrago, mas no geral os mapas e modos de jogo são muito bem balanceados, você nunca tem a impressão que a partida foi injusta devido a algo que não tem relação com as habilidades/estratégias dos jogadores.

No jogo você passa de level basicamente para destrancar equipamentos, há algumas skills, mas são poucas e influenciam muito pouco, são coisas como poder carregar mais munição, se locomover mais rápido, ou para snipers aumentar o zoom da mira. Apesar dessas skills não desequilibrarem o jogo elas mudam um pouco como você vai jogar, um sniper com C4 pode agir diferente de um que carregue Montar Strike. Felizmente passar de level não é demorado, quase tudo que você faz no jogo é recompensado de alguma maneira, e os equipamentos iniciais não são tão inferiores aos demais.

Call of Duty Black Ops

Eu não sou um fã da série CoD, adoro o primeiro Modern Warfare e ainda acho que ele tem uma das melhores campanhas singleplayer em FPS’s, assim como um dos melhores multiplayers. Não pude jogar ainda toda a campanha do Black Ops, mas acredito que ela não é a melhor da série. Muito confusa e cheia de elipses, sem falar em cinematcs muito demoradas. A campanha do Black Ops não é o que eu esperava de um jogo que vendeu milhões, mas mesmo assim gostei das partes que joguei. BO tem um singleplayer muito mais solido e divertido que o Bad Company 2, a ação é quase sempre ininterrupta e você sempre está fazendo alguma coisa nova. Agora a qualidade gráfica do jogo me decepcionou, mesmo o BC2 tendo sido lançado alguns meses antes do CoD, ele possui gráficos melhores.

Além da campanha e do multiplayer o Black Ops tem dois minigames com zumbis, um deles é bem ao estilo Left 4 Dead colocando os jogadores contra levas de mortosvivos, no início você fica em um espaço limitado, mas conforme a partida progride outras partes do cenário vão sendo liberadas. Para impedir que os mortos entrem você pode bloquear janelas e afins, sem uma boa equipe você não vai chegar muito longe nesse modo de jogo. Já o Dead Ops parece um pouco Burn Zombie Burn ou Zombie Apocalipse, com a visão meio de cima num estilo arcade. Há também como jogar Zork, um RPG de texto muito antigo que eu só conheço porque vi em um documentário sobre videogames.

Multiplayer

Alguém que não ligue para os troféus chegou a jogar a campanha? Acho que não… A grande razão de Call of Duty ser o que é hoje é pelo excelente multiplayer introduzido pelo Modern Warfare, Black Ops tenta manter essa qualidade. A marca do modo online aqui é a adrenalina, o jogo é rápido valorizando muito mais a habilidade individual que o trabalho de equipe.  Não há classes, aqui você cria seu estilo escolhendo as armas que mais se encaixem no seu perfil, assim como as perks. Você também passa de level, mas para ter acesso aos equipamentos liberados você deve comprá-los. Isso poderia ser um desastre se não fosse pelo fato de ser fácil passar de level, acredito que até mais fácil que no BC 2, o dinheiro talvez seja o mais problemático, nada que poupar por algumas partidas não resolva. Há também alguns modos de jogo em que você pode apostar seu dinheiro para um maior lucro, além disso, há os contratos, desafios que quando completos lhe rendem uma boa grana.

Uma coisa que não há no BC 2 que é muito presente no Black Ops são as killstreak rewards. Quanto mais inimigos você abate sem morrer você é recompensado com alguma coisa previamente selecionada, como por exemplo uma torrent (uma metralhado que atira sozinha) ou aquele carrinho bomba controlado por controle remoto. Eu não sinto falta disso no BC2, mas não consigo imaginar o que seria do CoD sem as killstreak. Outro ponto forte no BO é a quantidade de coisas que podem ser modificadas, dês das armas até o seu logo. Isso torna mais interessante pegar as armas dos outros players.

Bugs?

Quando joguei o Black Ops eu não vi nada de errado, mas há muitas reclamações de bugs no jogo. Se alguém quiser ler algo mais sobre isso pode ir ao site Gamer’s Voice, eles parecem que entraram com uma reclamação em algum órgão do governo britânico contra os bug do jogo. Se alguma coisa bizarra já aconteceu com você durante as partidas de BO deixei um comentário.

Veredito

Deixando claro que essa é minha opinião com o único intuído de informar e ajudar quem estiver em duvida com algum dos dois jogos. Se você curte mais jogar as campanhas dos jogos que o multiplayer com certeza a escolha certa seria o Black Ops (considerando somente esses dois jogos). O singleplayer do BC2 não é ruim, mas é inferior ao do BO, sem falar que há muito mais coisas além da campanha e do modo competitivo. Agora se você quer o jogo para o multiplayer eu levaria duas coisas em consideração: amigos e como você prefere jogar. Em primeiro lugar os amigos, você tem algum conhecido que jogue algum desses jogos? Jogar com um amigo é sempre mais divertido do que jogar com estranhos, isso pra mim pesa muito na hora de comprar um jogo. Caso isso não influencie você tem que ver suas preferências. BC2 é muito mais estratégico e variado, com os dlc’s mesmo o jogo pode ser aproveitado de várias maneiras diferentes, o Vietnam é quase um jogo novo (pelo que vi… Não tive como jogar). Já se você prefere algo mais intenso e rápido, o BO é o certo.

Bem gente é isso nesse post, espero que tenham gostado. Logo abaixo há uma enquete sobre o tema. Qualquer coisa é só deixar um comentário.

Valeu!

Future First Person Shooter

Publicado: 8 de janeiro de 2011 em Cultura Nerd, Jogos
Tags:, ,

Esse é um vídeo muito massa pra todo mundo que adora um FPS ou simplesmente gosta de ver a criatividade das coisas que rolam pela internet. Eu sei que o mesmo povinho que fez esse vídeo que estou postando aqui fez outros bem legais, eu só não lembro de todos. Sem mais demora o vídeo.

Mais um vídeo legal do mesmo grupo que vez o de cima.

http://www.youtube.com/user/freddiew – esse é o canal dos caras no youtube, para quem quiser ver mais.

Por hoje é isso, valeu!

Esse post é um pouco diferente de todos os outros que já fiz. Normalmente eu só escrevo sobre jogos que já virei e que gosto bastante, mas nesse post vou mostrar dois dos piores jogos de tiros da atualidade. Não posso dizer que são ruins por experiência, felizmente não cheguei a jogar nenhum deles, mas lendo as críticas e vendo alguns vídeos fica difícil de não concordar com a opinião geral. Aqui vou por alguns vídeos, como gameplay e trailer. Também vou por um link direto para a review de cada jogo na IGN, assim como o metascore.

Mas o que faz um jogo ser ruim? A qualidade gráfica, mesmo sendo baixa não torna o jogo ruim. Claro que ótimos gráficos ajudam a melhorar a experiência, mas é preciso muito mais. Acredito que o principal problema para um jogo ser considerado ruim é a mecânica e os controles. Se esses dois elementos não funcionarem bem toda a diversão acaba. Claro que um ótimo enredo pode fazer um jogo, você já jogou Heavy Rain? Mas quantas vezes nós não nos divertindo jogando alguma coisa que nem história tem? Ou mesmo uma tão cheia de clichês que nem da para considerar original. Um bom enredo ajuda muito, mas um jogo pode ser bom mesmo com uma narrativa mais fraca.

Pelo que pude notar dos dois nos vários vídeos que acabei vendo para o post, é que eles possuem controles horríveis, dificultando inclusive que você consiga joga-lo. Se alguém teve o azar de jogar Rogue Warrior ou Damnation e quiser deixar sua opinião o espaço de comentários é aberto para isso.

Rogue Warrior – PS3 – Xbox 360 – PC – 01/12/2009

Trailer

Gameplay

Pelo gameplay parece ser muito ruim mesmo, nem da pra usar o cover direito. Os sons das armas e das granadas são fracos e os gráficos mesmo…

Alguma Review

IGN: Rogue Warrior Review – 1,5

Metascore: Rogue Warrior – 27/100

Tenho certeza que 70% do roteiro do jogo é Fuck. Se você perder o mesmo tempo que eu perdi vendo uns vídeos desse jogo vai tirar a mesma conclusão. Nem a dublagem do Mickey Rourke não salva os diálogos. Mas o que mais me deixou abismado foi a dificuldade de mirar e também o mau funcionamento do cover system. Já vi ótimos CS em jogos de primeira pessoa, Killzone 2 é um bom exemplo. O que acontece no Rogue Warrior é surpreendente de tão ruim.

 

Damnation – PS3 – Xbox 360 – PC – 26/05/2009

Trailer

Gameplay

Esse Jogo parecia ser realmente legal quando saiu os primeiros vídeos, mas agora nem passa pela minha cabeça comprar.

Alguma Review

IGN: Damnation Review – 2,5

Metascore: Damnation – 36/100

No vídeo de gameplay da pra ter uma idéia de quão ruim é a inteligência artificial do jogo e como é feia a movimentação dos inimigos. Não gostei da mira também, parece estranha e ineficaz. A câmera foi outra coisa que me preocupou durante os vídeos, péssima. Parece que o jogo tem um co-op split screen, deve ser horrível de enxergar qualquer coisa.

Bem gente esses foram os dois piores jogos de tiro que encontrei, não da pra entender bem o motivo de tão má qualidade da produção. Felizmente há muito mais jogos bons do que ruins. Se alguém quiser deixar algum comentário sobre os jogos ia ser legal, pois eu mesmo não joguei nenhum deles.

Valeu!

Para quem for corajoso.